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Impacto Econômico: 1,5 Milhão de Brasileiros Engajados em Aplicativos e suas Implicações Econômicas


Nos últimos anos, temos observado um expressivo aumento no contingente de brasileiros engajados no trabalho por meio de aplicativos. Seja atuando como motoristas em serviços de transporte, entregadores de alimentos ou profissionais autônomos em diversas áreas, aproximadamente 1,5 milhão de brasileiros agora dependem dessas plataformas para sustentar suas finanças, conforme revela uma pesquisa inédita da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Essa tendência, impulsionada por transformações nas modalidades de trabalho e avanços tecnológicos, tem impactos significativos na economia do país de diversas maneiras.

Fernando Pereira da Silva, coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Anhanguera, destaca que a economia dos aplicativos, também conhecida como gig economy, tem revolucionado a forma como as pessoas acessam serviços e encontram oportunidades de trabalho. Ele afirma: “As plataformas de aplicativos, como aquelas de transporte e entrega de alimentos e bebidas, tornaram-se uma alternativa para muitos que buscam flexibilidade e uma renda adicional. Isso permitiu que brasileiros trabalhassem conforme seus próprios horários, escolhendo setores que vão desde transporte até serviços autônomos”.

Para a economia brasileira, o aumento no número de trabalhadores por meio de aplicativos tem implicações positivas. “Por um lado, contribui para a redução do desemprego, oferecendo oportunidades de renda para pessoas que, de outra forma, poderiam estar desempregadas. Além disso, as empresas de aplicativos frequentemente investem em tecnologia e infraestrutura, impulsionando o crescimento de setores correlacionados, como telecomunicações, logística e alimentação”.

Contudo, o professor destaca que o crescimento do trabalho por meio de aplicativos também traz consigo desafios e controvérsias. “Questões relacionadas aos direitos trabalhistas e à seguridade social dos trabalhadores autônomos ainda estão em debate em todo o país. Além disso, a acirrada concorrência no mercado de aplicativos muitas vezes resulta em preços baixos para os serviços, o que pode impactar negativamente a renda dos prestadores de serviço”, explica.

A regulamentação dos serviços de aplicativos é uma preocupação constante. Fernando destaca que governo e autoridades municipais têm buscado equilibrar a flexibilidade e o desenvolvimento econômico proporcionados pelos aplicativos com a necessidade de proteger os direitos dos trabalhadores. “Apesar do futuro desse setor ser incerto, é evidente que continuará a desempenhar um papel significativo na economia brasileira”, conclui o coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Anhanguera.

Fonte: Fernando Pereira da Silva, coordenador do curso de Ciências Contábeis