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esta semana, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e outras instituições financeiras iniciam os testes com o Drex, a nova moeda digital do país, que deve estar acessível à população entre 2024 e 2025.
O Drex é uma moeda CBDC (Central Bank Digital Currency), o que significa que é regulamentada pelo Banco Central (BC) e é considerada uma “parente” do Pix. Na semana passada, bancos como Sicoob, Sicredi, Ailos, Cresol e Unicred já realizaram os primeiros testes com o real digital, simulando a conversão de saldos para a carteira de real digital.
O Banco do Brasil instalou o nó validador para dar início ao projeto-piloto do Drex, permitindo a criação de tokens para simular transações com outras instituições. A Caixa, por sua vez, participará dos testes através de um consórcio com a Microsoft e a Elo, visando testar infraestrutura, emissão de moeda, tokens de real digital e emissão de títulos federais por meio desses tokens.
O projeto-piloto visa avaliar a viabilidade do uso em grande escala do Drex, garantindo segurança e privacidade nas transações com a moeda virtual. Os testes continuarão durante todo o segundo semestre deste ano, envolvendo 16 consórcios de instituições financeiras e empresas.
O Drex será operado pelo Banco Central, utilizado em transações de grande porte e também no varejo. A expectativa é que beneficie o mercado de investimentos, melhore a eficiência bancária e amplie o acesso à bancarização da população.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) observa que, na fase inicial, o real digital será mais utilizado por pessoas jurídicas, mas prevê que, com a infraestrutura adequada, os clientes terão mais opções de produtos e serviços no sistema financeiro.
A advogada Luciana Simões destaca que não há diferença essencial entre o Drex e o real atual, sendo o Drex a representação digital da moeda física, podendo ser trocado por papel-moeda e acessado através de carteiras virtuais em bancos e outras instituições financeiras.
Fonte: Contábeis