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Setor de incorporação imobiliária vislumbra cenário positivo em 2024, apesar da diminuição do lucro líquido em 2022

A empresa de auditoria, consultoria e tributos, Grant Thornton, acaba de divulgar um estudo que analisa o setor de incorporação na construção civil, comparando os resultados entre 2022 e 2021, além de oferecer previsões a partir do segundo semestre de 2023.

Conforme o levantamento, o aumento nos custos dos materiais de construção e o crescimento das taxas de juros resultaram em uma diminuição de 57,9% no lucro líquido das empresas desse setor em 2022 em relação a 2021.

Adicionalmente, apesar da receita se manter estável, o segmento enfrentou a pressão de custos mais elevados, resultando na diminuição da margem bruta.

Maria Regina Abdo, sócia de Auditoria e líder de Real Estate & Construção da Grant Thornton Brasil, observa que essa redução na margem bruta foi de 3,2%, enquanto os custos aumentaram em 12% entre 2021 e 2022.

“Além disso, verificamos uma diminuição de 19,6% nas despesas administrativas, enquanto as despesas comerciais tiveram um aumento de 11,5%, fatores que também contribuíram para as dificuldades do setor no último ano”, afirma.

Mesmo com um alto nível de endividamento, o estudo aponta para a resiliência do setor e uma tendência de recuperação. Maria Regina destaca que o endividamento aumentou significativamente, atingindo R$ 8,2 bilhões em 2022 em comparação com 2021. A dívida em relação ao patrimônio também aumentou de 66,8% em 2021 para 87,1% em 2022.

“Apesar disso, as perspectivas são positivas. O primeiro trimestre de 2023 já demonstrou um aumento nas receitas líquidas e uma melhoria nos lucros das empresas. Em março de 2022, o prejuízo foi de R$ 462 milhões, enquanto em março de 2023 houve um lucro de R$ 245 milhões”, ressalta Maria Regina.

Thiago Bragatto, sócio da Grant Thornton, também observa o rápido reaquecimento do setor em 2022, após ser impactado pela pandemia da Covid-19 e conflitos na Ucrânia. Ele também concorda com Maria Regina sobre uma possível retomada do segmento ainda este ano, impulsionada pela queda nas taxas de juros.

O estudo envolveu informações financeiras de 22 empresas listadas no Novo Mercado da bolsa de valores (B3) e analisou o comportamento dos principais indicadores financeiros, proporcionando uma visão abrangente do mercado brasileiro. As análises abrangem períodos como:

  • Saldos contábeis de dezembro de 2021 a março de 2023
  • Resultados de março de 2023 em relação a março de 2022
  • Resultados de dezembro de 2022 em relação a dezembro de 2021

Fonte: Contábeis