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O Comitê de Política Monetária (COPOM) acerta ao escolher o momento e o tamanho do corte de 0,5 ponto base.

O Banco Central do Brasil encerrou um ciclo de quase dois anos de aumentos e manutenção da taxa de juros básica do país, a Selic. O corte de 0,5 ponto percentual foi realizado no timing certo, levando em conta o cenário atual da economia.

Anteriormente, dois motivos justificavam a manutenção da taxa: a inflação dos serviços em patamar alto, acima dos 6%, indicando inflação de demanda, e as projeções do mercado para os próximos anos, que estavam acima da meta. No entanto, os últimos resultados da inflação oficial trouxeram alívio, com o IPCA-15 de julho apresentando deflação e projeções dentro da banda para os anos seguintes.

A redução da taxa de juros em 0,5 ponto percentual foi uma decisão acertada. Os preços dos alimentos devem se manter comportados devido à melhora da nota de crédito do Brasil e boas condições do setor externo. Além disso, o fim do processo de alta dos juros nos EUA deve manter o câmbio valorizado, impactando nos preços dos alimentos. A economia chinesa fraca também contribuirá para a estabilidade dos preços das commodities em dólar.

Uma queda maior não seria adequada, pois a inflação dos serviços e as expectativas para os próximos anos ainda estão acima da meta, mesmo dentro da banda. Além disso, há três meses de deflação do ano de 2022 para descartar do índice de doze meses, o que pode elevar a inflação acumulada.

A redução de 0,5 pontos é a medida ideal para a atual situação econômica, buscando manter a estabilidade e o controle da inflação. O Banco Central demonstrou habilidade em conduzir o ciclo de cortes e contribuir para o cenário econômico do país.

Fonte: Contábeis