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Especialistas oferecem uma explicação de 4 etapas sobre o Drex e como essa nova moeda afeta as empresas

O Drex, a próxima moeda digital do Banco Central do Brasil, foi recentemente anunciado e terá o mesmo valor que o real físico. No entanto, como uma moeda digital, permitirá transações através de carteiras virtuais. Embora seja fundamentado na tecnologia blockchain, o valor do Drex não terá flutuações de preço. Ele se enquadra na categoria emergente conhecida como CBDC (Central Bank Digital Currency, ou Moedas Digitais do Banco Central).

Uma característica inovadora do Drex é sua capacidade de ser programado. Isso significa que o dinheiro pode ser integrado a contratos inteligentes e outras aplicações automatizadas, o que terá um impacto direto nas empresas. Os empreendedores que compreenderem antecipadamente as particularidades do Drex poderão tirar proveito desse conhecimento para obter vantagens competitivas em relação aos seus concorrentes.

Para simplificar o entendimento sobre o Drex, os especialistas do mercado financeiro, Rafael Izidoro, CEO da Rispar, e Ingrid Barth, co-fundadora e COO do Linker, explicam em quatro etapas como essa moeda digital funcionará.

O que é o Drex? O Drex é o nome da futura moeda digital do Banco Central do Brasil. Seu valor será equiparado ao do real físico, mas sua natureza digital permitirá transações através de carteiras digitais.

“Este é o primeiro projeto do Banco Central que utiliza tecnologias desenvolvidas para as criptomoedas. O Drex manterá paridade com o real, mantendo uma relação de 1 para 1. Isso o diferencia das criptomoedas tradicionais, que são descentralizadas e podem sofrer flutuações significativas de valor”, explica Rafael Izidoro, CEO e fundador da Rispar.

Qual o impacto do Drex nos negócios? Uma característica distintiva do Drex em comparação com o real tradicional é a garantia de sua entidade. Enquanto os depósitos convencionais são protegidos por instituições bancárias individuais, o Drex é assegurado diretamente pelo Banco Central do Brasil.

“Vários benefícios acompanham a introdução do Drex, incluindo a agilidade nas transações, a eliminação de barreiras globais para a utilização e transferência da moeda, a infraestrutura segura que previne fraudes e a redução de custos associados a transações financeiras”, destaca Ingrid Barth, co-fundadora e COO do Linker.

Quais precauções devem ser tomadas? Adaptar-se a novas tecnologias, principalmente no setor financeiro, requer um planejamento estratégico cuidadoso. É recomendável que empreendedores estudem como a nova moeda pode impactar a operação de seus negócios.

“Com a introdução do Drex, é esperado que as maiores adaptações sejam realizadas pelas instituições financeiras. No entanto, as empresas devem garantir que seus sistemas sejam compatíveis com o Drex e que estejam protegidos contra possíveis ameaças cibernéticas. Além disso, é crucial manter-se atualizado sobre as regulamentações e orientações do Banco Central relacionadas à moeda digital”, aconselha Rafael Izidoro.

Como as empresas devem se preparar para a chegada do Drex? Com a nova previsão de lançamento da fase inicial do Drex para maio de 2024, conforme anunciado pelo coordenador do projeto do Banco Central, e os testes com a população programados para o final de 2024 até 2025, este é um momento crítico para o mercado se familiarizar com a proposta.

“Tanto as empresas quanto a população terão a oportunidade de entender melhor o funcionamento do Drex e, assim, estarem preparados para a sua implementação”, observa Ingrid Barth.

A capacidade de oferecer novos serviços, produtos e soluções baseados no Drex pode representar uma vantagem competitiva significativa. As empresas que anteciparem esse processo, investindo em pesquisa, desenvolvimento e treinamento para explorar plenamente as capacidades do “dinheiro programável”, estarão em uma posição favorável.

Fonte: Contábeis