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DREX

Especialistas acreditam que a nova moeda digital do Brasil irá reduzir os custos das transações.

O Banco Central do Brasil anunciou hoje o nome da sua primeira moeda digital, denominada Drex, abreviação de Digital Real X. A intenção é emitir o Drex em conjunto com as moedas físicas já em circulação.

A expectativa é que a população tenha acesso ao Drex até o final de 2024, porém, inicialmente, essa nova moeda digital não será utilizada para empréstimos por parte das instituições financeiras a terceiros. A autoridade monetária está realizando testes preliminares relacionados à moeda digital.

Especialistas já antecipam que essa inovação deverá simplificar e possivelmente reduzir os custos das transações diárias para os brasileiros.

De acordo com o CEO da C&M Software e especialista em liquidação interbancária, Orli Machado, que está colaborando com o Banco Central no desenvolvimento do real digital, “o Drex oferece a capacidade de realizar transações offline, sem a necessidade de conexão em tempo real com o banco.”

Segundo ele, o Drex deverá ser mais usado para transações de valores mais altos: “Não há proibição para transações de pequenos montantes, mas em minha opinião, para transações de valores modestos e intermediários, o método de pagamento se torna mais relevante do que o próprio montante. Para transações de alto valor, a segurança é crucial, evitando riscos de falhas na liquidação, inadimplência e complicações. Portanto, teoricamente, usar o Drex seria a escolha mais apropriada.”

Além disso, o economista André Galhardo aponta que a moeda digital tem o potencial de reduzir os custos das transações financeiras, o que poderá impactar os bancos tradicionais.

“Os bancos dependiam da inflação até o Plano Real. A partir daí, tiveram que se adaptar e muitos deles tiveram dificuldades desde o início do Real. Não estou dizendo que os bancos, agora mais bem estabelecidos do que na década de 1990, enfrentarão dificuldades financeiras, de forma alguma. Apenas acredito que, na realidade, assim como DOC e TED são atualmente fontes significativas de receita para os bancos, eles terão que se adaptar e criar novos mecanismos”, conclui.

Fonte: Contábeis