O Real Digital, conhecido como Drex, está prestes a transformar as transações financeiras de pessoas físicas e jurídicas a partir do próximo ano. Com a iminência do Drex, espera-se uma maior procura por orientações de especialistas em contabilidade. Portanto, é crucial começar a se capacitar desde já para lidar com as questões e desafios que surgirão.
A implementação do Real Digital está programada para ocorrer ao longo de 2024. Isso significa que as práticas financeiras precisarão ser ajustadas para se adequarem a um novo sistema de pagamentos e recebimentos.
No âmbito contábil, prevê-se que haverá alterações em operações como empréstimos, financiamentos, aplicações e transações comerciais, negociação de dívidas com fornecedores, entre outras. Um exemplo notável de mudança ocorrerá nos contratos inteligentes, amplamente utilizados em transações de veículos e imóveis. Com o Drex, será possível assinar contratos de transferência automática de recursos financeiros imediatamente após o registro do documento de venda no cartório.
Adriano Marrocos, conselheiro do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), destaca que a moeda digital incentivar as pessoas a abandonarem o dinheiro físico e optarem por transportar um token com um código.
Até o momento, estão previstos três “tipos” de moedas na prática:
- Real Digital (Drex) para transações no atacado ou interbancárias;
- Real/Drex Tokenizado (token) para uso no varejo;
- Títulos do Tesouro Direto para compra e venda de títulos públicos federais (TPF) nos mercados primário e secundário.
Marrocos explica que as pessoas precisarão depositar a quantia desejada em uma conta oferecida pelo banco para converter para sua carteira digital, seguindo a taxa de R$1,00 para 1 Drex. Instituições financeiras diversas, como bancos, fintechs e corretoras, serão responsáveis por operar essas contas. O usuário, por sua vez, poderá efetuar pagamentos utilizando o Drex e, posteriormente, o estabelecimento poderá converter 1 Drex de volta para R$1,00.
Nesse cenário, o conselheiro enfatiza a importância de os profissionais contábeis se manterem atualizados, participando de discussões sobre as mudanças propostas e acompanhando a evolução do sistema.
Com informações da Agência Apex e Comunicação CFC.